Todas as opiniões sobre e-readers – e a sua?

08/04/2013 § 1 comentário

e-readers

Semanas atrás eu publiquei aqui no blog um texto (“De por que eu acho que nunca vou ter um Kindle“) em que dava 16 razões que me convenciam de que eu nunca terei um e-reader. Depois, a Viviane Gomide, do excelente Words of Leisure, publicou “Comprar ou não um e-reader, eis a questão“. E agora, para fechar o ciclo (se bem que o Roberto Camara prometeu uma tréplica!), o Gilberto “Knuttz” escreveu “Por que me rendi aos e-books (e nunca mais comprei livros em papel)“.

Estão aí: todas as opiniões sobre e-readers. Faltou a sua? Deixa nos comentários!

De por que eu acho que nunca vou ter um Kindle

08/02/2013 § 18 Comentários

Estive esses dias na Livraria da Vila. É sempre a mesma coisa. Entro pra dar “só uma olhadinha” e algo me atrai para a sessão de livros de história ou sobre jornalismo. Não sei explicar, é mais forte que eu! Aí, entre uma prateleira e outra, acabo achando coisas irresistíveis. Hoje foram três coisas irresistíveis. E não resisti, não sei explicar, é mais forte que eu!

Bom. Tinha, no balcão, uma oferta irrecusável (na escala, irrecusável é bem menos que irresistível!) Era o Kindle, da Amazon. Preço camarada, até. Eu olhei, brinquei, passeei entre os livros do Paulo Coelho (é!) no mostruário. Tela legal, não brilha, “dá pra ler no sol”, disse a vendedora. Então olhei mais um pouco, fucei mais um pouco… E fui pro balcão com meus três livros.

E eis porque eu acho que nunca vou ter um Kindle, Kobo, Nook ou qualquer outra combinação de letras para dar nome a leitores digitais de livros. Como se não bastasse uma razão, listo dezesseis! Vamos a elas, que me pouparam 300 reais.

Leitores digitais podem ser cool, mas (1.) livros não precisam de bateria, (2.) não descarregam, (3.) não têm fios, (4.) são fiéis sempre. Livros podem ser (5.) trocados, (6.) emprestados, (7.) doados, (8.) esquecidos, até! – mas se eu tivesse um Koob (licença poética de escrever book de trás pra frente), não faria nada disso.

É verdade que eu posso levar o e-livro para o banheiro, para a cama, para qualquer lugar. Mas eu acho que me sentiria meio pedante lendo um (9.) livro digital no metrô, por exemplo. E antipático: (10.) não deve dar pra ler por cima do ombro, como você e eu já fizemos com o vizinho de assento. Sem falar na magia perdida de descobrir a capa do livro pela cara do leitor: (11.) Kindles e afins não têm capa.

Na minha biblioteca tenho livros, (12.) livros autografados e (13.) livros com dedicatória. Na minha e-biblioteca eu teria apenas livros. Seriam arquivos frios e tristes. Nada de um autógrafo daquele autor favorito, que você encontrou justamente no dia em que passeava com o livro dele. Nada de dedicatórias escritas por uma pessoa especial que escolheu o título pensando em você e contou, na primeira folha em branco, no que ela pensava quando fez a escolha.

Também é verdade que os leitores como o da Amazon e o Kobo (que eu já conheci de perto e nos quais já mexi bastante) permitem fazer anotações. Mas, poxa, e aquela coisa de (14.) marcar um trecho, um termo, uma expressão que o autor penou pra escolher, puxar uma linha e anotar, no canto, em letra miúda, suas observações? Eu faço isso o tempo todo. Nos digitais, não poderia.

Eu tenho uma mania. Quando compro um livro, anoto, na primeira folha, “de ladinho”, (15.) a data e o local da compra. Por exemplo (pesquei um aqui): “Crônica de uma morte anunciada”, do Gabriel García Márquez – “São Paulo/ galeria sob a Consolação/ dez.2012”. Essas anotações me dão um gosto bom de nostalgia quando eu relembro de quando decidi levar o livro. Nos digitais, isso não existiria.

Para acabar, mas acho que ainda vou achar outras, tem o preço. Pelo valor do Kindle que eu não comprei, poderia ter levado quatro vezes os três livros que levei. Você vai dizer, como um vendedor me disse, que os livros-e “são 40% mais baratos” que livros em papel (“é óbvio”, eu pensei, “não tem o custo da impressão etc”).

Mas é como se eu comprasse uma mesa para ler os livros – e ela viesse sem livro nenhum. Então eu compro a mesa – que só serve para isso: ler livros – e a levo para casa. Daí, preciso comprar livros que só servem para aquela mesa específica. Eles custam menos, sim. Mas e daí? No papel, eu (16.) nem preciso da “mesa”!

Ler

17/09/2010 § Deixe um comentário

Em dia do perdão, ler é a palavra. Leia livros. (Obrigado à Camila Conti pela dica).

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